A Embaixadora e o Cão

E o PT no Brasil, e o Lula, wow, look at you now, flowers in the window, such a lovely day. Em Maputo, a embaixadora da República Federativa do Brasil foi ao mercado. Levou seu doggy. Criaturinha amável aquela. Não sei o nome, mas deve se chamar Francis, pois é cachorro de embaixada, ou Peri, pois é nativo, é da terra. O segurança não deixou o Peri entrar. Informou a senhora – uma cidadã, imagina – que não era permitida a entrada de cães no mercado. “Acho que você não entendeu, moço. Meu cachorro vai a todo lado comigo. Ele vai entrar e pronto.”, cuspiu ela com as sombrancelhas ao alto. “Senhora, o cão há de ficar fora.” O brinco balançou com a franja e a embaixadora deixou sair a Regina Casé de dentro de si. “Olha aqui, rrrrrrrrrapaz, esse cachorro aqui é muito mais limpo que essa cidade! Quiçá mais limpo que a maioria dos moçambicanos que vivem nela.”

Qualquer semelhança do meu pensar com a realidade é mera coincidência.

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Uma resposta para A Embaixadora e o Cão

  1. Rafaela disse:

    Fico imaginando como os brasileiros decentes que estão em Moçambique ficam envergonhados com relação a esses fatos e comportamentos grotescos e truculentos, justamente de “pessoas” que são os representantes oficiais do Brasil, e que deveriam dar o exemplo de comportamento e humildade.
    Resta aos representantes não oficiais darem bons exemplos, no dia-a-dia, para tentar desfazer em parte essa má imagem dos brasileiros. E há que se ter compreensão e respeito em relação às diferenças entre os povos, mesmo que nos julguemos melhores ou mais preparados do que as demais pessoas.

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